CANDIDÍASE - QUANDO A DOR ÍNTIMA REVELA O QUANTO VOCÊ TEM SE TRAÍDO. | CONSTELAÇÃO FAMILIAR - LEIDIANE MELLF
- Leidiane Mellf

- 12 de jun.
- 4 min de leitura

O que parece ser só um “problema íntimo”, muitas vezes, é o eco de dores não ditas, de limites não colocados, e de memórias guardadas lá dentro do corpo — bem no lugar onde nascemos e renascemos tantas vezes: o útero e a vagina.
A candidíase pode ser o sintoma físico de um corpo cansado de tentar dizer algo que não foi escutado. E esse corpo — que é sábio, cíclico, feminino, e ancestral — começa a falar. Fala com ardência, com coceira, e com desconforto. Fala com a intensidade de quem tentou sussurrar antes, mas não foi ouvida.
Tudo aquilo que não pôde ser expressado, pertencido ou liberado na nossa linhagem feminina, pode se manifestar no corpo das mulheres descendentes. A candidíase pode estar te mostrando que você está carregando a culpa, a repressão ou a raiva de outras mulheres que vieram antes — mulheres que não puderam dizer “não”, que tiveram seu desejo silenciado, que não puderam escolher seus parceiros, e que não tinham voz sobre seus próprios corpos.
Talvez você nunca tenha escutado sua avó dizer que foi tocada sem consentimento, ou que viveu calada em um casamento opressor. Talvez sua mãe nunca tenha falado sobre as vezes que chorou depois de uma relação se#ual em que disse "sim", mas queria dizer "não". Essas dores, silenciadas, às vezes são herdadas como quem passa um bastão invisível de dor. E aí, de repente, é você que arde. É você que coça. É você que repete — sem saber — um padrão que não começou com você.
O corpo feminino também é cíclico, e precisa ser honrado em cada fase. Quando você se força a estar disponível se#ualmente quando não está pronta, quando engole a raiva para manter a harmonia, quando não se escuta — você quebra essa conexão sagrada com o seu ciclo. E o corpo responde. Ele tenta limpar. Ele arde. Ele coça. Ele pede um novo começo. Como se dissesse: “Você não precisa mais continuar o que outras mulheres começaram. Você pode fazer diferente. Você pode se ouvir.”
Além disso, quando a mulher se desconecta da sua natureza selvagem, perde o instinto, a intuição, e o saber do corpo. A candidíase, nesse sentido, pode ser o chamado da “mulher selvagem” em você — aquela que quer voltar para casa, para dentro de si. Ela está gritando: "me escuta!"
Isso porque você está se traindo toda vez que diz “sim” quando queria dizer “não”. Porque você está se abandonando quando silencia sua raiva para não ser rejeitada. Porque você aprendeu a ser boazinha demais, agradável demais, silenciosa demais... até que o corpo cansou dessa performance.
🌿 A candidíase é o corpo inflamando onde a alma não pôde se expressar. É o corpo colocando pra fora aquilo que a alma não conseguiu mais segurar. É o seu corpo tentando expulsar o que está em desequilíbrio — E muitas vezes, não é apenas sobre a alimentação ou o sabonete íntimo, mas sobre relações que te intoxicam, palavras não ditas, energia sexual mal digerida, vergonha aprendida lá na infância...
Talvez você se lembre da primeira vez em que te disseram que se tocar era errado. Ou da vez em que se sentiu suja por desejar. Ou da vez que se calou para não parecer dramática.
Cada vez que você sufocou uma emoção, cada vez que você forçou uma entrega, o corpo guardou. Até não caber mais.
👉 Aqui vão algumas perguntas pra se olhar com mais carinho e profundidade:
🔻Quais sentimentos eu engulo com frequência?
🔻Tenho vivido minha sexualidade com verdade ou com culpa, medo ou obrigação?
🔻Eu me permito pausar, descansar e escutar meu corpo?
🔻Que raivas eu não estou permitindo sentir ou expressar?
✨ Talvez o seu corpo esteja só te chamando de volta pra si. Para sua verdade. Para o seu ritmo. Para o seu sim e para o seu não. E para algo ainda mais profundo: para quebrar os pactos de silêncio, de submissão, de auto traição que talvez venham sendo repetidos geração após geração.
Você pode e deve ser a mulher que rompe esse ciclo! Você pode e deve ser a primeira da sua linhagem a se escutar de verdade! E se você aceitar esse chamado, a cura não vem só na forma de alívio físico —
Ela vem como reconexão, reconciliação e renascimento. Vem como a força de uma mulher que finalmente retorna ao seu corpo como lar, como templo, como casa.
Seu corpo é sagrado — e tudo o que ele quer é que você volte a habitá-lo com consciência, respeito e amor. Porque o que te cura não é uma fórmula externa, mas o encontro com você mesma. A chave? Está no seu sentir. E no compromisso de não se abandonar nunca mais.
Se a candidíase tem sido um pedido de socorro do seu corpo, talvez seja hora de olhar para o que está por trás. Vem fazer uma constelação comigo. É hora de iluminar o que precisa ser visto e libertar o que já não precisa mais ser carregado.
Com carinho,
Leidiane Mellf







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