top of page

PARA VOCÊ QUE SOFRE VENDO OS PAIS SOFREREM, QUE SE SENTE CANSADA E JÁ ESTÁ ATÉ ADOECENDO IGUAL A ELES


Uma seguidora me disse: "Leidiane, sofro demais vendo meus pais sofrerem. Me sinto muito cansada e já estou até doente igual a eles".


Eu sei que não é fácil ver quem amamos em sofrimento, e não há nada de errado em ajudar, desde que os filhos continuem sendo filhos e os pais continuem sendo pais, ou seja, quando a hierarquia é respeitada.


Acontece, que não é bem isso que fazemos quando vemos nossos pais em sofrimento, pois, o primeiro impulso é o de salvá-los, é o de querer fazer além do que está na alçada de um filho. Chamamos isso de amor cego.


Esse amor cego é um amor que adoece, porque começamos a atuar como pais dos nossos pais, e com isso passamos a dar a eles ao invés de receber deles. Isso faz com que o fluxo do dar e do receber se invertam, e as consequências disso na nossa vida são os piores possíveis.. Nossa vida trava, o corpo adoece, o dinheiro não vem, a vida não anda, os relacionamentos amorosos não acontecem, ou não são saudáveis, ou são sempre passageiros, porque ficamos desconectados da nossa própria vida, da água do rio que segue seu fluxo, ficamos estacionados no caminho, nos direcionamos contra o fluxo natural da vida querendo nadar contra a correnteza, e isso faz, com que a gente morra em vida todos os dias um pouquinho.


Sim! Nós filhos, inconscientemente, aspiramos nos igualar aos pais no sofrimento. Esse vínculo amoroso é forte o bastante a ponto de nos deixar cegos e de não conseguirmos resistir as tentações de zelar pelos nossos pais.


Assim, assumimos inclusive suas dores, seus destinos, doenças, sofrimentos, escassez, dificuldades e continuamos repetindo, de geração para geração aquilo que pertence e que deveria ter ficado com os grandes, com os nossos pais. Eles dão conta, eles tem dignidade e dão conta de cuidar do próprio destino.


Ficamos assim, fracos, doentes, cansados e nos sentimos sobrecarregados quando deixamos de olhar com respeito para o destino de nossos pais e pegamos seus problemas para resolvermos. Sempre uso um exemplo com meus clientes e ele cabe, inclusive, nesta situação, que é: "Nós podemos ajudar uma pessoa a atravessar a rua, mas jamais podemos atravessar a rua por ela". Não atravessar a rua por ela é ser respeitosa com aquela pessoa, e é acima de tudo não interferir no seu destino.


Ajude, faça tudo que estiver ao seu alcance, mas jamais faça algo que não seja do seu único lugar de força, do lugar que te cabe, do lugar que você é capaz de ajudar e também é capaz de continuar olhando e vivendo sua própria vida.


E esse lugar, é um lugar bem pequenininho perante seus pais, bem humilde... Afinal, você é o filho, a filha, e eles são os pais. Desse lugar, onde você é a pequena, você consegue fazer muitas coisas, coisas estas que são capazes de ajudar do jeito certo e também de não te trazer prejuízos e sofrimentos.


Precisa de ajuda nesta caminhada? Eu posso te ajudar.


Com carinho,

Leidiane Mellf


bottom of page